Na próxima quarta-feria, 21 de março, alunos, pais, professores e demais funcionários das escolas estaduais de Morrinhos - Ceará, estarão escolhendo seu diretor (a) para o período de 2018 à 2021.
Aqui, há duas escolas estaduais e seis candidatos às duas vagas de gestor. O que se percebe nos últimos dias, conversando com os alunos, é um clima eleitoral, mas de muito respeito por parte dos candidatos ao cargo de gestor escolar. Diante desse cenário e, frente as regras eleitorais postas para o certame, precisamos pensar sobre algumas questões que devem nortear a vontade do eleitorado (alunos, pais e funcionários das instituições de ensino) na hora de tomar sua decisão.
A escola é um ambiente onde se deve buscar construir conhecimentos a partir da interatividade dos espaços e, dos saberes ali compartilhados. Nasce daí talvez, a primeira máxima que deve guiar o eleitor na tomada de decisão a cerca de quem ele quer que esteja a frente da instituição de ensino público que ele frequenta.
O voto deve ser livre!
Sem troca, sem pressão. Deve nascer da vontade livre e da escolha consciente do eleitorado.
Nesse sentido existe uma responsabilidade grande sobre os ombros de todos os eleitores, mas especialmente nos ombros dos estudantes, já que são eles que convivem diariamente com a direção das instituições, com sua forma de tratar sua classe. Assim é inadmissível que alguém (professor, coordenador e qualquer outro funcionário) tente influenciar o discente a votar em candidato A ou B. Caso haja qualquer tipo de pressão ou preferência no sentido de fazer o aluno votar num candidato específico, fica bem claro que a pessoa (adulto, portador de interesse próprio) está pensando meramente em si, nas suas "possíveis vantagens", e não na escola como um todo, ou nos alunos.
Afinal, como é possível refletir sobre uma escola democrática se há interesse que não no bem comum? Ameaças do tipo: "se você não votar em candidato X estará ajudando a me tirar do cargo. Você sabe que gosto muito de ti, não faça isso comigo", só mostram a falta de senso democrático e apontam os interesses por trás de tais pedidos. Não estamos falando aqui que isso esteja acontecendo, apenas estamos citando situações que podem ocorrer em qualquer processo eleitoral.
Vamos refletir sobre a seguinte perspectiva: imagine você, aluno de terceiro ano, que gosta muito de pessoa "x", e ela lhe pede para votar em candidato A ao cargo de diretor, falando que aquele candidato é melhor, que fará ou dará continuidade ao trabalho na escola, fazendo dela uma instituição melhor. Aí você vai e vota em quem a pessoa lhe indicou, não por vontade própria, mas para satisfazer um desejo alheio. Agora vamos analisar os pontos: em primeiro lugar, com o fato da pessoa lhe pedir para votar em alguém ela já está descumprindo as regras da eleição, logo ela não respeita regras importantes para a comunidade escolar. Há certamente por trás daquele pedido um interesse, seja para manter o cargo ou para adquirir algum. Portanto, o pedido - ato ilegal, por sinal - não foi por você, por uma escola melhor, mas por ela (a pessoa que lhe pediu) mesma. O resultado disso é que você irá votar em um candidato que pode ficar a frente da instituição não porque você quis, mas porque outra pessoa manipulou seu direito de decisão. Alunos de 7, 8 e 9 anos do ensino fundamental, quando chegarem ao ensino médio, terão que conviver com "uma escolha" de quem já não estará mais lá. Mas na verdade, estará sim, afinal quem fez sua cabeça para votar em pessoa A ainda irá trabalhar naquela escola. Daí porque o voto tem que ser seu. Consciente, sem pressão.
Isso se aplica aos pais de alunos também. Vocês têm responsabilidade não apenas com seus filhos que estudam na escola estadual, mas com todo uma comunidade escolar. Isso significa que seu ato irá reverberá em alunos de 7, 8 e 9 anos do ensino fundamental. Você não estará apenas escolhendo um diretor de uma escola para um ano, mas para os próximos quatro anos. Daqui a quatro anos, nenhum dos alunos que estão hoje na escola devem estar mais estudando o ensino médio. Portanto, seu ato tem consequência para muita gente, inclusive outros pais.
Você funcionário, não é por carisma que se deve votar, mas por competência e responsabilidade do candidato frente a questão da educação. Diretor (a) não é aquele que fica trancado na sua sala. Um gestor deve viver o ambiente escolar em sua integralidade!
Alunos, se a pessoa que vocês colocarem no poder ficar só na sala dele, sem contato com os vocês e seus colegas, com o mundo escolar, dificilmente saberá lidar com os conflitos, mediar situações e pensar em construir uma escola mais aconchegante, onde o processo de ensino e aprendizagem se dê de forma interativa.
Nesse caso cabe uma dica também aos candidatos: os alunos sabem sobre vocês. Não pensem que se vocês passaram todo o tempo sem o convívio, de uma hora para outra irá construir um laço que mereça confiança. O interesse - não pela educação, mas pelo poder de mando - aparece no sorriso, que antes não existia, e agora é constante.
A tod@s, no próximo dia 21, um voto consciente. Livre. Sem pressão.
Que morra os interesses mesquinhos.
Viva a democracia!
Aqui, há duas escolas estaduais e seis candidatos às duas vagas de gestor. O que se percebe nos últimos dias, conversando com os alunos, é um clima eleitoral, mas de muito respeito por parte dos candidatos ao cargo de gestor escolar. Diante desse cenário e, frente as regras eleitorais postas para o certame, precisamos pensar sobre algumas questões que devem nortear a vontade do eleitorado (alunos, pais e funcionários das instituições de ensino) na hora de tomar sua decisão.
A escola é um ambiente onde se deve buscar construir conhecimentos a partir da interatividade dos espaços e, dos saberes ali compartilhados. Nasce daí talvez, a primeira máxima que deve guiar o eleitor na tomada de decisão a cerca de quem ele quer que esteja a frente da instituição de ensino público que ele frequenta.
O voto deve ser livre!
Sem troca, sem pressão. Deve nascer da vontade livre e da escolha consciente do eleitorado.
Nesse sentido existe uma responsabilidade grande sobre os ombros de todos os eleitores, mas especialmente nos ombros dos estudantes, já que são eles que convivem diariamente com a direção das instituições, com sua forma de tratar sua classe. Assim é inadmissível que alguém (professor, coordenador e qualquer outro funcionário) tente influenciar o discente a votar em candidato A ou B. Caso haja qualquer tipo de pressão ou preferência no sentido de fazer o aluno votar num candidato específico, fica bem claro que a pessoa (adulto, portador de interesse próprio) está pensando meramente em si, nas suas "possíveis vantagens", e não na escola como um todo, ou nos alunos.
Afinal, como é possível refletir sobre uma escola democrática se há interesse que não no bem comum? Ameaças do tipo: "se você não votar em candidato X estará ajudando a me tirar do cargo. Você sabe que gosto muito de ti, não faça isso comigo", só mostram a falta de senso democrático e apontam os interesses por trás de tais pedidos. Não estamos falando aqui que isso esteja acontecendo, apenas estamos citando situações que podem ocorrer em qualquer processo eleitoral.
Vamos refletir sobre a seguinte perspectiva: imagine você, aluno de terceiro ano, que gosta muito de pessoa "x", e ela lhe pede para votar em candidato A ao cargo de diretor, falando que aquele candidato é melhor, que fará ou dará continuidade ao trabalho na escola, fazendo dela uma instituição melhor. Aí você vai e vota em quem a pessoa lhe indicou, não por vontade própria, mas para satisfazer um desejo alheio. Agora vamos analisar os pontos: em primeiro lugar, com o fato da pessoa lhe pedir para votar em alguém ela já está descumprindo as regras da eleição, logo ela não respeita regras importantes para a comunidade escolar. Há certamente por trás daquele pedido um interesse, seja para manter o cargo ou para adquirir algum. Portanto, o pedido - ato ilegal, por sinal - não foi por você, por uma escola melhor, mas por ela (a pessoa que lhe pediu) mesma. O resultado disso é que você irá votar em um candidato que pode ficar a frente da instituição não porque você quis, mas porque outra pessoa manipulou seu direito de decisão. Alunos de 7, 8 e 9 anos do ensino fundamental, quando chegarem ao ensino médio, terão que conviver com "uma escolha" de quem já não estará mais lá. Mas na verdade, estará sim, afinal quem fez sua cabeça para votar em pessoa A ainda irá trabalhar naquela escola. Daí porque o voto tem que ser seu. Consciente, sem pressão.
Isso se aplica aos pais de alunos também. Vocês têm responsabilidade não apenas com seus filhos que estudam na escola estadual, mas com todo uma comunidade escolar. Isso significa que seu ato irá reverberá em alunos de 7, 8 e 9 anos do ensino fundamental. Você não estará apenas escolhendo um diretor de uma escola para um ano, mas para os próximos quatro anos. Daqui a quatro anos, nenhum dos alunos que estão hoje na escola devem estar mais estudando o ensino médio. Portanto, seu ato tem consequência para muita gente, inclusive outros pais.
Você funcionário, não é por carisma que se deve votar, mas por competência e responsabilidade do candidato frente a questão da educação. Diretor (a) não é aquele que fica trancado na sua sala. Um gestor deve viver o ambiente escolar em sua integralidade!
Alunos, se a pessoa que vocês colocarem no poder ficar só na sala dele, sem contato com os vocês e seus colegas, com o mundo escolar, dificilmente saberá lidar com os conflitos, mediar situações e pensar em construir uma escola mais aconchegante, onde o processo de ensino e aprendizagem se dê de forma interativa.
Nesse caso cabe uma dica também aos candidatos: os alunos sabem sobre vocês. Não pensem que se vocês passaram todo o tempo sem o convívio, de uma hora para outra irá construir um laço que mereça confiança. O interesse - não pela educação, mas pelo poder de mando - aparece no sorriso, que antes não existia, e agora é constante.
A tod@s, no próximo dia 21, um voto consciente. Livre. Sem pressão.
Que morra os interesses mesquinhos.
Viva a democracia!
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