terça-feira, 16 de agosto de 2016

Opinião: Eleição em Morrinhos

Opinião: 

Diz nossa constituição em seu artigo 1º, parágrafo único:

"Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". 

É assim que o mandado é investido do poder em uma democracia representativa. Ele é outorgado pela soberania popular por meio do processo eleitoral, que em última instância, é a fonte de sua legitimidade. Infelizmente nem todos têm conhecimento do poder que emana de sua escolha no ato de votar. Talvez essa seja a resposta para a criação de "líderes" falsos, sustentados pela tradição de uma política paternalista, ou ainda por outros que se erguem graças ao poder econômico que detém. Certamente essa lógica explica a sensação de poder invertido que é criada e sustentada pelo discurso político de tom sofista que vemos em nossa história. Não é atoa a cena que mostra o povo como "sujeito subserviente" a vontade dos eleitos. Essa é uma realidade fruto da verdade posta de ponta cabeça. São os eleitos que devem ser subservientes ao povo, afinal, o poder que eles têm nasce da escolha dos cidadãos.  

A partir de hoje, 16 de agosto, o processo que carateriza vivermos em uma democracia representativa terá início. Falo do chamado período da campanha eleitoral. 

O processo político de escolha dos representantes em Morrinhos, muitas vezes acaba por iluminar de forma equivocada as estrelas erradas. O verdadeiro centro não são as agremiações partidárias e seus candidatos, é O Povo. Ele sim é o eixo central, estrela maior do processo eleitoral. É de nossas consciências livres e iguais, em termos de peso na escolha, que emana o poder que investe o eleito da Responsabilidade de exercer para nós e por nós, o poder no executivo e no legislativo. 

Nossa vontade unida oferece a legitimidade necessária para os presentantes tomarem as decisões em nosso nome e isso tem um peso muito grande. Eles é que vão falar por nós! As implicações dessa Responsabilidade têm de ser a altura de nossa gente. É fundamental nessa campanha que terá início hoje,  que o povo de Morrinhos receba um debate que seja em torno de ideias que beneficiem a todos e não somente meia duzia de pessoas. A exigência de uma campanha propositiva é antes de tudo uma necessidade para podermos fazer nossa escolha. Na campanha eleitoral claramente se desenha os traços de um futuro governo, caso não sejam apresentadas, por uma das candidaturas ao poder executivo, propostas de projetos que venham a beneficiar nosso população, será desvelado o real significado do projeto de poder que tenta se estabelecer, e acredite, não será para  bem de todos. 

A população de Morrinhos não admitirá discursos vazios de sentido. Espera-se o respeito necessário para conviver com opiniões diferentes, as vezes discordantes, mas nunca cheias de ideias intransigentes e preconceituosas. O respeito não abre espaço para nomenclaturaras depreciativas que infelizmente vimos nos últimos pleitos eleitorais. O palaque não é local para ofensas, é sim espaço de apresentação de propostas. 

Nosso povo é o protagonista principal e merece o melhor. Para escolhe-lo é preciso em primeiro lugar, termos em mente que o empoderamento é fruto da vontade de todos, em segundo, que nossa decisão só é correta, em uma disputa binária, quando no mínimo ouvimos as duas partes, isto é: elas para isso têm necessariamente que apresentar propostas, por último, mas não menos importante, nossa escolha deve ser fruto de nossa consciência advinda do julgamento do que é melhor para todos, descartando assim o voto por tradição, ou por influências econômicas. 

Talvez o cenário descrito seja em demasia ideal, mas em termos práticos não há caminho mais seguro para escolhermos nossos representantes, que o voto livre, consciente e que tenha com a finalidade do bem comum, afinal, a política e a democracia só existem em vista desse objetivo.          

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