quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cachoeira: A necessidade de um olhar diferenciado e uma ação imediata!

      Empreendimentos imobiliários são muito importantes para o crescimento de qualquer cidade, comunidade ou distrito, principalmente se esses locais estiverem localizados no interior como é o nosso caso, que é desprovido de investimentos e não possui uma infra-instrutora adequada para a vinda de grandes empresas ou mesmo a implantação de parques e areais de lazer capaz de atrair visitantes e com isso movimentar a economia. 
          É verdade que para a sobrevivência de uma localidade é imprescindível que haja tais investimentos, entretanto, não podemos fazer escolhas deixando de lado uma analise de onde iremos construir, e como isto vai ter impacto direto na vida da comunidade. No distrito de Sítio Alegre ao longo dos últimos anos tivemos a oportunidade de acompanhar de perto um crescimento em vários setores da sociedade, é o caso das confecções de peças íntimas, da construção civil e investimentos do poder público na educação, saúde etc. Porém, uma das tantas obras chama bastante atenção, o parque aquático por nome Citius Park, é um exemplo do poder econômico do nosso lugar, especificamente do empresário Batista Ruberto, que desde o ano de 2009 vem construindo seu park aquático. Evidente que isto é bom para a nossa comunidade, esta talvez seja a primeira impressão que temos ao olharmos o suntuoso Cítius Pak, todavia cabe uma meditação das reais vantagens e desvantagens que essa e outras obras trazem para o Sítio Alegre. 
          Nos anos noventa nossa comunidade passou por um dos momentos mais difíceis de sua centenária história. O açude fonte única de abastecimento de água praticamente secou, o que causou uma verdadeira migração dos sitioalegrenses para outros locais, e um grande sofrimento para os que aqui continuaram a residir. Isto tudo foi ocasionado por conta do escasso período de chuvas daqueles anos, já no ano de dois mil e cinco o mesmo açude veio a transbordar, o que trousse bastante alegria para todos os moradores. Anos depois teve início varias construções em torno do supracitado açude, e a ampliação da rede de abastecimento até o distrito de Nova Floresta, ao mesmo tempo a mata que cercava toda a extensão foi aos poucos sendo retirada, com isso o assoreamento que é justamente o fenômeno causado pela retirada da mata ciliar veio a ocorrer com mais freqüência, levando com a chuva a área para dentro do açude, fazendo assim com que ele torne-se cada vez mais raso, dessa forma guardando menos água para o período que não chove.   
         Depois de falar um pouco sobre a história do açude Hidelbrando, conhecido como cachoeira retorno ao ponto final do segundo parágrafo de minha publicação neste texto. Falava sobre os investimentos em nosso lugar, especificamente, a construção de um parque aquático, Cítuis Park. Essa construção tomou toda a margem direita de um dos lados do açude, o que trousse um impacto muito grande em toda a fonte de água. Isto por que não se ressume apenas a localização do parque, mais a utilização de milhares de litros de água que são necessários para a o funcionamento e manutenção do equipamento. É verdade que trousse alguns empregos para os moradores de nossa terra, entretanto, com a seca dos últimos anos e com e outras construções na beira da cachoeira, por exemplo, a monstruosa barraca beira d’água, a mansão de luxo que esta logo ao seu lado (que tem como proprietário um empresário de fortaleza, esse por nome Marcos, conhecido como Marcão) é crítica a situação que se encontra o açude, com sérios riscos de falta de abastecimento de água para as comunidades de Sítio Alegre e Nova Floresta que atualmente são abastecidas pelo açude. 
          A construção desenfreada ao redor do Hidelbrando, a falta de consciência e investimentos do poder público, a construção civil cada vez maior, a ligação do sistema a comunidade da Nova Floresta, todos esses fatores podem ocasionar um desastre no abastecimento de água a mais de sete mil pessoas, o que pode causar uma nova debandada dos moradores, isto por que, a seca da cachoeira é infelizmente uma realidade diária. São necessários investimentos imediatos para solucionar esse problema, não podemos em pleno século XXI fechar os olhos para aquilo que nos cerca, o socorro não precisa ser gritado, apenas uma simples visita ao açude e logo de cara percebemos que algo e de forma rápida, responsável e eficiente esta precisando ser feito. Só falar que vai trazer água da comunidade do Peba para o Sítio Alegre, não vai resolver nada, é necessário ação, e logo! Não só dos governantes, mais também dos moradores, é também nossa responsabilidade cuidarmos desse patrimônio público, mesmo que algumas vezes mais pareça privado pela quantidade de investimentos particulares que existem ao redor do açude.                                                 

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